Eclesiastes – introdução detalhada
O livro de Eclesiastes é uma meditação profunda sobre a natureza efêmera da vida e a busca por significado em
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1 Pedro 4:12-16, Orientações aos que Sofrem
O propósito de Pedro nesses versos é orientar os crentes que passam pela prova do sofrimento que Deus está no controle de toda circunstância hostil e as usará para aperfeiçoar seu povo. A visão de Pedro é que os cristãos podem se considerar bem-aventurados se tiverem que sofrer por fazerem o bem. Eles estão se identificando com os sofrimentos de Jesus e sairão vitoriosos no dia do seu retorno. Pedro compreende que sofrer pelos motivos certos é motivo de glória e alegria.
Vemos o sofrimento como algo indesejável e fora do normal. Uma espécie de corpo estranho querendo invadir nossa vida. Entretanto, nesses versos, Pedro nos diz que o sofrimento é algo normal na rotina do povo de Deus. Não devemos estranhá-lo. O fogo ardente no meio do povo de Deus possui o propósito de purificação e limpeza. Serve para nos moldar.
Aos que sofrem por praticarem o bem por amor a Jesus, Pedro ensina preciosas lições.
Em primeiro lugar, Pedro mostra que os sofrimentos não são novidade para o cristão. No verso, 12 ele convoca o povo de Deus a não se assustar com as lutas. Jesus já havia dito que seus discípulos seriam perseguidos pelo mundo pelo simples fato de amá-lo e desejarem viver para cumprir sua vontade. Paulo disse em uma de suas cartas que toda pessoa que deseja viver com fidelidade a Deus será perseguida. O sofrimento não é um acidente na carreira cristã. Antes, é mais natural que imaginamos. O apóstolo Paulo já havia dito em 2 Timóteo 3:12: “Na verdade, todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” Enquanto estamos conversando, muitos filhos de Deus estão sofrendo.
Em segundo lugar, Pedro diz que os sofrimentos tem caráter pedagógico. Através deles, Deus está nos moldando. O verso 12 ainda nos diz que o sofrimento vem para provar e não para nos destruir. Por meio das provações, Deus separa a falsa fé da verdadeira. O sofrimento humilha e convoca para irmos até Deus, fazendo-nos completamente dependentes de sua graça. Os sofrimentos cumprem o importante propósito de nos amadurecer. Tiago, irmão de Jesus, nos diz em sua carta: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria sempre que passarem por qualquer tipo de provação, pois sabem que, quando sua fé é provada, a perseverança tem a oportunidade de crescer. E é necessário que ela cresça, pois quando estiver plenamente desenvolvida vocês serão maduros e completos, sem que nada lhes falte.” (Tiago 1:2-4)
Em terceiro lugar, o verso 13 mostra que o sofrimento por amor e fidelidade ao Evangelho, nos identifica com Cristo. Sabemos que o sacrifício de Cristo como Cordeiro que tira o pecado do mundo é único, completo e não pode ser repetido. Entretanto, num certo sentido, os sofrimentos de Cristo não terminaram com sua ascensão ao céus. Há uma medida de sofrimento que seu povo, sua Igreja verdadeira, conectada organicamente a ele, precisa enfrentar até seu retorno em glória. Paulo chega a dizer “agora me alegro nos meus sofrimentos por vocês e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja… (Colossenses 1:24)”. Quando ensinamos e pregamos o evangelho, quando testemunhamos e enfrentamos aflições por amor a Deus, estamos participando dos sofrimentos de Cristo.
Em quarto lugar, podemos passar pelos sofrimentos com a alma cheia de paz. No fim do verso 13, Pedro compreende que, se passarmos pelas provações com fidelidade, identificando-nos com Jesus que sofreu por fazer o bem, nos alegraremos com sua vitória. Jesus retornará para consumar seu Reino de glória. Nessa ocasião, os que foram fiéis serão consolados, herdarão a terra e serão chamados filhos de Deus.
Em quinto lugar, Pedro consola os que sofrem injustamente afirmando que o Espírito Santo jamais desamparará seu povo. No verso 14, Pedro argumenta que, quando o povo de Deus sofre injustamente por amor ao Evangelho, podem se considerar felizes, bem-aventurados. Enquanto sofrem, o Espírito da glória, que é o Espírito Santo, os sustentará, guardará e os consolará.
Em sexto lugar, Pedro ensina que nem todo sofrimento glorifica o nome de Deus e serve para nosso bem. No verso 15, ele mostra que sofrer por causa de pecados cometidos é lamentável. Pedro diz que o cristão não pode ser uma pessoa violenta, desonesta, de má índole ou bisbilhoteira. É vergonhoso para um cristão ser acusado e condenado por pecados e crimes dessa natureza. O cristão precisa desenvolver uma vida de caráter irrepreensível e glorificar a Deus através de nobres ações.
Em sétimo e último lugar, Pedro revela que há um tipo de sofrimento que é motivo de honra. No verso 16, o apóstolo argumenta que sofrer por praticar o bem, por servir à Verdade e ser fiel a Deus constitui-se glória para o cristão. O sofrimento que tem como fundamento uma vida fiel e dedicada a Deus deve ser motivo de louvor para o discípulo de Jesus e glória para o nome de Deus.
Em primeiro lugar, não precisamos nos assustar e nem estranhar a perseguição e dificuldade como fruto do nosso amor, honra e serviço leal a Cristo. Perseguições e lutas são normais na vida cristã.
Em segundo lugar, podemos experimentar consolo e esperança nos sofrimentos e provações. Seu propósito é nos moldar, purificar e tornar cada vez mais parecidos com Jesus Cristo.
Em terceiro lugar, se tivermos que enfrentar lutas e perseguições, que passemos por praticar o bem e não o mal. Responda a calúnias com um coração perdoador, a maus tratos com oração de confiança em Deus e a perseguições com vida irrepreensível.
Em último lugar, se sofrermos severas perseguições e venhamos a experimentar a morte por amor a Cristo, podemos fazê-lo com o coração cheio de paz, pois a vitória final já foi garantida. Cristo retornará, fará novos céus e nova terra, realizará justiça e recompensará seu povo.
Deus, leva-me a descansar completamente ti, tendo a confiança de que o Senhor governa a história e está usando as dificuldades para meu bem, purificando-me e me tornando cada dia mais parecido com meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, no nome de quem oro, amém.
PERGUNTAS PARA GRUPOS PEQUENOS
1. Por que as provações tem o propósito de moldar nossas vidas e nos aproximam de Deus?
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