Até o insensato passa por sábio quando fica calado; de boca fechada, até parece inteligente (Provérbios 17:28).
Perícope: Provérbios 17:27-28
Pano de Fundo
Este provérbio ressalta a importância do silêncio e da prudência nas palavras. Muitas vezes, é mais sábio ficar em silêncio do que falar impulsivamente. No contexto, o insensato pode parecer sábio apenas mantendo a boca fechada, evitando fazer comentários precipitados ou tolos. Revela que a sabedoria não está apenas em falar, mas também em saber quando e como falar. O silêncio pode, por vezes, ser a resposta mais inteligente em diversas situações.
Reflexão
Você já passou por aquela situação em que uma palavra impulsiva, dita precipitadamente, prejudicou um relacionamento, manchou sua imagem e trouxe arrependimento e consequências ruins?
A verdadeira sabedoria vai além do conhecimento intelectual. Ela se revela na capacidade de pensar antes de falar, de ponderar as palavras e considerar as consequências. Quando escolhemos o silêncio em momentos de raiva ou provocações, demonstramos maturidade, domínio próprio e um espírito manso e confiável.
Devemos sempre considerar o impacto que nossas palavras podem ter nos relacionamentos e na vida em geral. Quando escolhemos o silêncio manso e humilde no lugar de entrar em conflitos desnecessários, somos usados por Deus para construir um ambiente onde o amor prevalecerá e os relacionamentos serão fortalecidos, tendo em vista que nosso chamado é para buscar a paz e promover a reconciliação.
O apóstolo Paulo entregou uma importante exortação aos crentes em Éfeso, reconhecendo que eles haviam se convertido ao Senhor. Ele os incentivou a viverem de acordo com as implicações dessa nova vida em Cristo. Ele disse: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, que os selou para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação, ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4:30-32).
Será que temos sido rápidos em responder, sem considerar as consequências? Será que temos permitido que a ira e a indignação dominem nossos relacionamentos?
Que possamos ser instrumentos de Deus na promoção da paz e na construção de relacionamentos saudáveis. Que nossa maneira de falar, ou não falar, reflita a sabedoria de Deus e revele que Deus governa nossa vida e que a transformação que Ele operou em nós é real. Que possamos escolher o caminho da sabedoria e do amor, reconhecendo o poder que nossas palavras têm de edificar ou destruir.
Perguntas para reflexão:
- Você se lembra de uma situação em que o silêncio teria sido a melhor resposta?
- Como você avalia o impacto das suas palavras nos outros? Já parou para pensar que, por vezes, o silêncio pode ser mais edificante?
- Paulo fala em Efésios sobre não entristecer o Espírito Santo. Como você acha que nossas palavras e ações podem fazer isso?
- Em momentos de tensão e conflito, como você busca encontrar a “sabedoria de Deus” em sua resposta?
Oração
Ore para que Deus lhe conceda discernimento para saber quando falar e quando escolher o silêncio, especialmente em momentos de raiva ou provocação.
Peça a Deus que o ajude a cultivar um espírito manso e paciente, para que suas palavras sejam sempre temperadas com amor e sabedoria.