1 Pedro 1:22-25, Como Amar ao Próximo à Maneira de Deus

1. o propósito dos versos

O propósito de Pedro nesses versos é estimular os crentes a amarem ao próximo intensamente. Pedro compreende que o serviço dedicado aos irmãos da fé é a terceira marca de alguém que foi escolhido por Deus para andar nos passos de Jesus.

2. argumentos do autor

A obra de Cristo resultou em 3 propósitos muito claros:

Em primeiro lugar, nos purificar para uma vida separada, que vive em santidade (versos 13 a 16). Em segundo lugar, nos conduzir a uma vida cheia de frutos (versos 17-21) e, por último, nos limpar do egoísmo para amarmos outras pessoas.

Nos versos 22 a 25 Pedro enfatiza o terceiro propósito, que é nossa relação com o próximo. Pedro argumenta que o amor ao próximo precisa ser vivido com base em 2 critérios.

O primeiro é sinceridade e dedicação. Pedro usa expressões “amai-vos sem fingimento” e “de coração”. Precisamos caminhar diariamente na decisão de procurar amar e ajudar pessoas que são colocadas diante de nós, nas mais diferentes circunstâncias. Sejam irmãos de fé, amigos de perto e de longe, pessoas da família e, inclusive, os inimigos. Pedro compreende que é preciso que tomemos uma firme decisão para amarmos e que essa decisão precisa ser alimentada por dedicação perseverante.

O segundo critério para amarmos os outros é fervor e entusiasmo. Pedro compreende que a vida do cristão que nasceu do Espírito é educada e disciplinada pela alegria, atitude e proatividade que estende a mão a quem precisa. O amor ensinado por Pedro não é sentimental, nem abstrato. Antes é ativo, prático, intencional, sacrificial e demonstrado em ações concretas para o bem do outro.

Pedro oferece 2 motivações bem convincentes para que amemos uns aos outros intensamente.

A primeira motivação está no verso 23 e é baseada em nossa regeneração. Pedro entende que nascemos de novo por conta de uma obra que jamais perderá seu valor. Uma obra que foi levada a seu cumprimento através da entrega eficaz do Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo. No entendimento de Pedro, regeneração é uma obra completa, que nos transforma em nova criação. Todas as partes da vida são mudadas, desde a maneira de pensar até o modo de agir. Passamos a desejar amar como fomos amados. Por termos sido amados por Deus sem merecimento, desejamos honrá-lo através do amor ao próximo. Para o cristão que nasceu do alto, pela vontade de Deus, a indiferença, insensibilidade e egoísmo não são admitidos, nem tolerados, pois o amor é a marca da nova vida em Cristo.

A segunda motivação de Pedro se encontra no verso 24 e diz respeito a nossa finitude, a rapidez com que a vida passa. Pedro afirma que a vida é como uma planta, que cresce, apresenta beleza, mas seca com o calor do sol, cai e deixa de ser. Portanto, amamos intensamente pela razão de não admitirmos a possibilidade de jogar fora a única e passageira vida que recebemos de Deus. Desejamos viver com propósito. Almejamos chegar ao fim da rápida jornada e termos contribuído para o bem do outro. Compreendemos que pessoas precisam ser amadas e as coisas usadas. Trilhamos o caminho inversa da cultura que nos cerca, que ama coisas e usa pessoas.

Pedro conclui o capítulo 1, argumentando no verso 25, que foi esta a palavra que ouvimos para crer para salvação. Fomos alcançados pela graça de Deus quando ouvimos que Ele nos amou de tal maneira, que entregou seu Filho sem pecado para realizar a maior de todas as obras, nos perdoar e libertar de todo o mal. O Jesus que nunca cometeu pecado foi feito pecado por nós. Aquele por meio de quem céus e terra foram criados, tornou-se maldição em nosso lugar. Sua vida de serviço, entrega e amor ardentes deve ser o modelo a ser seguido por todos os que crêem.

A palavra de Deus nos oferece um belo propósito para a vida. Fomos perdoados e purificados para agora amarmos livre, voluntária e intensamente.

3. aplicação

Em primeiro lugar, precisamos orar por pessoas que nos perseguem e tentam nos fazer mal. O amor ao próximo, especialmente pelos inimigos, é a marca distintiva do novo nascimento.

Em segundo lugar, precisamos nos mover em direção ao amor ativo, que é a dedicação a quem se apresenta caído pelo caminho e precisa da nossa compaixão. É preciso consideramos os que estão lançados à beira do caminho e orarmos para que Deus nos use com poder e graça.

Em terceiro lugar, precisamos também nos lembrar que a vida passa rápido demais. É necessário cultivarmos o bem, vivermos com o propósito de marcar o maior número de pessoas ao nosso redor.

Em último lugar, somos chamados a viver bem com nossos irmãos da família da fé, servindo-os com alegre dedicação, pois a leitura que o mundo sem Cristo faz é se a mensagem pregada impacta e transforma primeiro aqueles que a anunciam e são responsáveis por vivê-la.

4. oração

Deus, ensina-me a amar aos que me perseguem, a ir em direção aos próximos a mim com dedicação, entrega e desejo de fazer o bem. Deus, retira-me da apatia, da compreensão superficial de Tua Palavra. Leva-me a viver em obediência e amor, servindo aos meus irmãos com demonstração real de compaixão.

PERGUNTAS PARA PEQUENOS GRUPOS

1. Por que a prática do amor é a principal arma que temos para mostrar ao mundo que a fé que professamos é real?

2. Pense e cite algumas situações que demonstram nosso amor intenso uns pelos outros.

2. Amar é difícil. Exige esforço, confronto ao egoísmo e ao orgulho. Como você pode ser útil na vida de outras pessoas a fim de demonstrar o real amor de Jesus Cristo?