A mulher viu que a árvore era linda e que seu fruto parecia delicioso, e desejou a sabedoria que ele lhe daria. Assim, tomou do fruto e o comeu. Depois, deu ao marido e ele também comeu (Gn 3:6).
Perícope: Gênesis 3:1-24
Pano de Fundo
Neste texto de Gênesis, presenciamos o momento em que o pecado é introduzido na humanidade. A desobediência de Eva, que se deixou levar pela aparência atraente do fruto e pela promessa de sabedoria, autonomia e poder, teve graves consequências. Ela não só comeu do fruto proibido como também envolveu Adão em sua transgressão. A decisão do casal de desobedecer a Deus marcou a entrada do pecado no mundo, afetando toda a criação e as gerações futuras.
Reflexão
A tentação em si não é um pecado. O pecado se instala quando cedemos a tentação. E o pecado praticado e alimentado nos afasta do bom propósito que Deus tem para cada um de nós. O pecado gera tristeza, culpa e nos separa da relação de paz com o Senhor.
Cada um de nós enfrenta tentações que surgem dos desejos presentes em nosso coração. “Pois do coração vêm maus pensamentos, homicídio, adultério, imoralidade sexual, roubo, mentiras e calúnias. São essas coisas que os contaminam (Mateus 15:19-20).” Por isso, é vital estarmos vigilantes e atentos ao nosso coração.
A tentação sempre busca atingir nosso ponto fraco, muitas vezes vindo disfarça pelo descontentamento, pela cobiça, pela inveja e pela avareza. Se alimentarmos a cobiça, a avareza, a inveja e o descontentamento, abriremos caminho para cairmos em tentação.
Foi nesse sentido, que o apóstolo Paulo nos aconselhou a estarmos satisfeitos com o que temos, reconhecendo que, ao possuirmos roupas e comida, já temos o suficiente.
De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição (1 Timóteo 6:6-9).
Para resistir a tentação da avareza, da cobiça, da inveja e do descontentamento, precisamos combinar um trabalho honesto, diligente e equilibrado com a gratidão e o contentamento em Deus. Devemos confiar que, se Deus tiver bênçãos materiais reservadas a nós, nada nem ninguém poderá frustrar Seus planos.
Quando compreendemos e descansamos na soberania e no poder de Deus, somos fortalecidos para resistir às tentações. Cuidado para não ceder às armadilhas da tentação. Cultive a gratidão, o contentamento e a confiança em Deus.
Que seu coração esteja sempre voltado para Deus, encontrando nEle a força e a sabedoria necessárias para resistir aos enganos do inimigo, a fim de viver em conformidade com a vontade do seu Deus. Apegue-se à verdade de Sua Palavra, tornando-a o guie dos seus passos em direção a uma vida abundante e próspera.
Perguntas para reflexão
- Você percebe alguma relação entre tentação, pecado e afastamento da comunhão com Deus em sua vida? Comente um pouco.
- Como você pode cuidar do seu coração para evitar cair em tentação?
- Como a gratidão e o contentamento podem nos ajudar a resistir às armadilhas da tentação?
Oração
Ore para que Deus nos dê o discernimento e a vigilância para proteger nossos corações contra as tentações que surgem de nossos próprios desejos.
Peça a Deus para nos ensinar o verdadeiro contentamento e gratidão.
Que nossa confiança na soberania e nos planos de Deus seja nossa força ao enfrentarmos qualquer forma de tentação.