Lições que o arrependimento nos ensina: Moisés conhece alguns atributos de Deus. Êxodo 34:6-7

O SENHOR passou diante de Moisés e proclamou: — O SENHOR! O SENHOR Deus compassivo e bondoso, tardio em irar-se e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a maldade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocente o culpado (Êxodo 34:6-7).

Perícope: Êxodo 32-34:17

Pano de Fundo

Neste contexto, Moisés teve uma experiência única com Deus no Monte Sinai. Após os israelitas terem pecado com o bezerro de ouro, Moisés intercedeu por eles, pedindo a Deus que os perdoasse. Deus respondeu, revelando Sua natureza compassiva, bondosa, paciente, misericordiosa e fiel. Ele mostrou que perdoaria os pecados, mas também seria justo. Essa passagem destaca a natureza equilibrada de Deus em relação ao perdão e à justiça.

Reflexão

O bezerro de ouro. Esse episódio marcante na trajetória do povo de Israel ressoa fortemente em nossa história pessoal. Enquanto Moisés, no alto do Monte Sinai, recebia de Deus as tábuas da aliança – o símbolo da relação especial entre Deus e Seu povo – o mesmo povo, lá embaixo, construía um ídolo e cometia adultério espiritual. Esse ato não era apenas uma infração contra as futuras leis; era uma traição ao Deus que os havia libertado do Egito.

Porém, no meio do desespero e da incredulidade, surge a mais sublime manifestação da graça de Deus. Moisés, ao interceder pelo povo, é agraciado com uma revelação inigualável da natureza divina. Deus Se apresenta como compassivo, bondoso, tardio em irar-se, grande em misericórdia e fidelidade. Em meio ao caos do pecado, a essência perdoadora de Deus brilha como um farol.

Esta revelação do caráter de Deus não é apenas uma promessa para Israel, mas para todos nós. Cada vez que desviamos, cada vez que construímos nossos “bezerros de ouro” pessoais, o chamado de Deus para o arrependimento e o retorno ecoa através de Sua graça infindável.

E essa graça culmina na mais grandiosa demonstração de amor: o envio de Seu Filho. Jesus, puro e sem mácula, tornou-se pecado por nós. Ele pagou o preço do nosso adultério espiritual, assegurando-nos perdão e garantindo-nos um lugar ao lado de Deus por toda a eternidade. Em Cristo, as palavras de Êxodo 34:6-7 ganham vida: Ele é a encarnação da misericórdia, do perdão e da graça divina.

Portanto, ao refletirmos sobre nossas falhas e traições, somos convidados a olhar para a cruz e reconhecer o Deus que é “grande em misericórdia e fidelidade”. Que possamos entender a profundidade dessa graça, que não apenas nos perdoa mas também nos restaura, recria e nos reintegra à família de Deus, sob uma aliança eterna de amor.

Perguntas para reflexão:

1. O que o episódio do “bezerro de ouro” revela sobre a natureza humana e nossa propensão para se desviar de Deus? 
2. Você consegue identificar “bezerros de ouro” em sua vida ou comunidade?
3. Moisés intercedeu pelo povo mesmo após a traição deles. Como esse ato reflete a graça de Deus, e como podemos aplicar essa lição em nossas vidas?
4. Qual é o impacto da revelação de que Deus é “compassivo, bondoso, tardio em irar-se, grande em misericórdia e fidelidade” para você, pessoalmente?

Oração

Ore para que Deus lhe conceda um coração arrependido, reconhecendo suas falhas e pecados.

Agradeça a Deus pela Sua graça infindável que perdoa e restaura, mesmo quando falhamos.

Ore para que você possa viver em resposta à graça de Deus, refletindo Seu amor e perdão aos outros ao seu redor.